7 de maio de 2009

as cinzas do teu corpo


a minha dor é ver-te estendido nessa cama

a minha dor é ver-te sem forças para erguer um copo

a minha dor é beijar a tua pele em ferida viva

a minha dor é a mochila de guerra que carregas - essa que detonará em breve

a minha dor é a tua aparência de cristal putrefeito


faz tempo que o amanhã é mudo - silêncio maior que a vida

faz tempo que conténs os gritos da morte

faz tempo que tens medo da noite

e respiras sem sentir o dia a entrar


faz tempo que a minha dor não se extingue

nas cinzas do teu corpo

1 comentário:

Anónimo disse...

muito forte!