2 de julho de 2010

A banalidade dos vícios e os vícios da banalidade

Às tantas já nem me lembro dos vícios que tenho
Nem tão pouco me lembro se hoje, por banal acaso, falhei algum deles
Mas o que me preocupa não é o vício em si
Nem somente a banalidade de o esquecer
É esta junção do vício banal
Com o banal do vício

Talvez seja até banal indignar-me com isto.
Não será esta coisa do banal
Vício do conformismo de envelhecer?
E não será isso do vício
Uma qualquer banalidade congénita
Tão digna como respirar?

O que me deixa pensativo é aquela pessoa que morreu
E “era tudo menos banal”
E “até nem tinha vícios”
E isto porque ao viciarmos os nossos instintos na banalidade
Só o silêncio a pode quebrar