5 de janeiro de 2009


O amor


O amor é a extravagância da loucura

Corpos consumindo-se na eternidade do momento


O amor é a vivência de ideais

Em valsas quietas

E um sussurro platónico no ouvido esquerdo


O amor é agarrar o comboio para não partires

É embriagarmo-nos no cheiro dos corpos


O amor é permanecer no silêncio da montanha

É contar histórias ao anoitecer


O amor é o enlouquecer da distância


O amor é oferecer palavras


Poderemos viver loucos de amor?

Poderemos desenlaçar o platonismo contundente?

Poderemos escolher o amor?


E acaso alguém o souber

Saiba-se tristemente prisioneiro

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