28 de agosto de 2008

Hesito


Como é estranho voltar

Ao sonho construído

De um vermelho acinzentado

Do pôr do sol


Nada me pertence

Nem o silêncio da chuva

Ao desabar

Nem o escuro da noite

Ao deitar


Sinto-me como pássaro

Que estranha o seu ninho


Hesito

Fujo, espreito

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