28 de agosto de 2008

Risco


Aqui não há risco

Ninguém arrisca sentar-se

À espera que a vida lhe diga

O rumo a seguir

Ninguém arrisca um dia sem pensar

Ninguém arrisca os batuques da noite

Ninguém arrisca não querer mais do que a vida

1 comentário:

palmo_e_meio disse...

Agora o meu cheiro é intenso
Do coração que bate à velocidade desta chuva...
O horizonte que aqui não há
O céu que queria que tivesses visto
Ninguém lhes ensinou a pedir às estrelas
A vida aí é ainda mais nauseabunda
Das pessoas que não são o que são
São o que delas fazem
O autêntico
Na miséria
Hoje não vi os olhos deles
O abraço do irmão mais velho
A súplica do nada
O sonho que não chega
Hei-de voltar ao mundo
Esse mundo
Onde a terra é de alcatrão
Os buracos são o imaginário
A morte é assustadora
Para quem não vive
Não dá graças
Não sabe e não sente...