29 de outubro de 2007


Estranha claridade

Não sei se gosto, se desejo

Esta noite caminho sozinho

Pela noite clara, transparente

Em busca de outras preocupações

Luta pela sobrevivência

Sem inocência, talvez pureza


Arde em mim a vontade

De apagar histórias

De abandonar projectos

Tudo o que vejo

Tudo o que foi sussurrado

Ensaiado

E partir sem saber onde estou

Onde vivi, lugares onde cruzei

Luares e olhares


Fugir

Sem palavras

Despojado de formas

Sem vento nem medos

O que em mim não existe

O fim de tudo

Conhecido

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