15 de fevereiro de 2019

Solidão

Achei que estavas morto
Poeta, sonhador, de mil sorrisos rasgadas
Em incessante procura
Da alma gémea, inexistente

Talvez fosse melhor que estivesses morto
Oh errante poeta
Que em mil almas te deslumbras
E em nenhuma podes viver

Talvez te possas fingir morto
Num corpo frio de histórias inacabadas, passadas
Sem lágrima, sem lamento, nem sequer um pensamento
Deixar cair a tua máscara
E abraçar a solidão

Quantas histórias nunca serão?
Quantos filhos nunca te conhecerão?
Oh poeta, que nunca exististe
A não ser na tua própria solidão

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