A negação do sonho
Se pudesse escolher entre vidas
Escolheria não viver nenhuma delas
Pela ausência da inconsciência
Que este sentir do sonho – ainda que não o conheça – me dá
Vivo de sensações que o corpo esquece
E a memória transforma
Vivo de sonhos que o meu inconsciente inventa
E o corpo nega
Vivo no limite entre o ínfimo e o eterno
Porque não sou nenhum deles
Vivo entre estados de alma de um Deus
Que a razão não pode justificar
Por que sonho então?
Pela negação dos sentidos
Ou pela reinvenção do contraditório?
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