17 de fevereiro de 2010

Quem és tu

Quem és tu
Que te fechas no silêncio aflito
Que faz tremer os mortais
Quem és tu
Que te escondes no largo em gritos
E não sabes chorar
Quem és tu
Que caminhas só
Que não tens sossego
Quem és tu
Que respiras em fúria
Que não amas, não constróis, não pensas
Senão na sobrevivência dos teus demónios
Quem és tu
Que todas as noites olhas o crucifixo
Em amarguras vazias
Quem és tu
Que quanto mais te afastas
Mais sinto a tua falta

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