A memória do espontâneo
Não gosto da memória
É uma velha enlouquecida
Prisioneira de um castelo em ruínas
Onde tudo o que vive é fugitivo
Gosto da espontaneidade
O único traço da liberdade
Que não espera o tempo
Inexistente
Que não vitimiza a saudade
Do momento
A espontaneidade exige a extravagância
Do desconhecido
Para o perfeito da situação
No imperfeito da eternidade
Amo o sonho do que poderá nunca existir
1 comentário:
E há situações perfeitas?
Ou são puras ilusões?
A eternidade, no tempo efémero, não pode caminhar para a perfeição?
Critérios ambíguos. E o mundo não tomba.
Porque não o improviso? Também ele extravagante, ramo da liberdade, uma espontaneidade vivida?
A memória, faz de nós quem somos, ainda que em ruínas.. o castelo que cada um é capaz de construir, e que espaço à loucura...
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