18 de outubro de 2008

O vento

As saudações incomodam-me
Como uma ferida sem dor
Como noite sem cor

O olhar, o sorriso vagabundo
O invisível interesse
O divisível incómodo
Das frases soltas

O olhar roda invólucro
Levanta-se de medo
Baixa-se de respeito
E um fogo redimido
Aperta todo o meu ser

Hoje levantei-me e apenas saudei
O vento
Frio, penetrante, sozinho
Perdido

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