Sul
Não fiques aí muda
Mãos paradas
Ergue os braços nessa luta imponente
Olha-me com a ternura de quem parte
E vai estrada fora
Não leves nada
Não temas o que não tens
Caminha apenas com o entusiasmo
Do sul
Sente o cheiro, a cor da humidade
O quente da terra que pisas
E a dança dos corpos nus
Irei para outras paragens
De um cinzento forte
Onde o mar abraça a terra desfraldada
Onde a esperança nunca há-de morrer
Porque a vida é para quem a sabe sorrir
Um dia
Corpos exaustos
Sentados nos buracos do chão
Havemos de contar as histórias
Da nossa paixão
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