21 de março de 2008


A minha liberdade

A minha liberdade não tem cores

Não tem sonhos

Não tem caminhos nem falésias

Tem sons


São crianças a cantar

De cor

São músicas de filmes desconhecidos

De quem não tem de que fugir

Se não do próprio corpo

Do próprio sangue


Tem talvez rostos

Perdidos

Imiscuídos em restos de lama

E mãos vazias

Estendidas


A minha liberdade

Tem a dor de quem ama

Tem os passos de quem não tem onde chegar


A minha liberdade é tão só partir

1 comentário:

palmo_e_meio disse...

A minha liberdade está presa nos sonhos que não são meus, nas cores que eu não pinto, nas crianças que eu não conheço...
Se um dia partir.. sim, sentir-me-ei livre..