Ao sabor do vento
Apeteceu-me sorrir
Do velho sótão em que nos encontrávamos
Rotos lençóis que nos encobriam
O cheiro bafio que circundava
Nos corpos entrelaçados
Iluminados por um qualquer candeeiro de rua
Mantínhamos o silêncio
Das palavras proibidas
E um olhar fixo
Na pedra baça entre marés
Para onde iríamos nós?
Naquele veleiro abandonado ao tempo
Ininterrupto
Das horas que não conhecemos
Não temos terra
Para que a quereríamos?
Seguiremos com o vento
Sem comentários:
Enviar um comentário