Solidão
Achei que estavas
morto
Poeta, sonhador,
de mil sorrisos rasgadas
Em incessante procura
Da alma gémea, inexistente
Talvez fosse
melhor que estivesses morto
Oh errante poeta
Que em mil almas te
deslumbras
E em nenhuma
podes viver
Talvez te possas
fingir morto
Num corpo frio de
histórias inacabadas, passadas
Sem lágrima, sem
lamento, nem sequer um pensamento
Deixar cair a tua
máscara
E abraçar a
solidão
Quantas histórias
nunca serão?
Quantos filhos
nunca te conhecerão?
Oh poeta, que
nunca exististe
A não ser na tua própria solidão