O deslumbre rodeia-te
Deixas o corpo embalar
No som de um beijo
Na dança de dois corpos amarrados
Lado a lado
Sentes o sangue incandescente
Do arrepio quando te percorrem o pescoço
E as mãos suadas
Do agarrar atrapalhado
Do assalto inesperado
Não há pensamentos
Não há projectos, nem ilusões
O corpo move-se independente
De repente
Como uma valsa sem ritmo
Quem és tu
Escondida no escuro
Em aparente comunhão com o mundo
Quem és tu
No poder da sedução
Em leves sensações
O amanhecer esconde-te
Como bétula insensível à luz
Retoma a sensação do nada
No sobressalto
De
quem não sabe existir
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