1 de abril de 2008


A dor


Hoje vi-te novamente ali deitado

Esfriando a face de dor

Temendo o ar que escasseia

Numa luta feroz com a dignidade


De que servirá a morte senão para dar vida?

Recuperar a integridade

Agora santa, plena de vida


Abraço-te como criança resgatada

Tremendo de um susto

Aperto-te a mão

Na fragilidade da dor


O teu olhar tem a ternura de um leve sopro

E tudo o que pedes

É partir sem dor

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