A dor
Hoje vi-te novamente ali deitado
Esfriando a face de dor
Temendo o ar que escasseia
Numa luta feroz com a dignidade
De que servirá a morte senão para dar vida?
Recuperar a integridade
Agora santa, plena de vida
Abraço-te como criança resgatada
Tremendo de um susto
Aperto-te a mão
Na fragilidade da dor
O teu olhar tem a ternura de um leve sopro
E tudo o que pedes
É partir sem dor
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